E eis que quando amanheceu

Pensava ainda ser sonho.

Mas...

Às nove fez-se o apelo

Ao meio dia veio o grito de ordem

Cronos a me apontar os ponteiros

[Dei primeiros passos]

Três da tarde era recente

Quatro nem tanto

Cinco

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A Noite não é criança...

É mulher.

Suzane Dias

26/11/08

Quando a tarde desceu e subiu a noite

Já era madrugada

As ruas eram

As portas fechadas eram

As luzes amareladas eram

Todo aquele silêncio

Que de tão forte é frio

Que de tão alto dói

Que de tão lindo constrói

Esse sorriso abobalhado

Pr’ela.

Suzane Dias

27/08/2008

E quem disse que meu rasgo pesado cessa?!
Quem pensou (?!)
Que esta dor que me adula para o desespero tem fastio?

Isso nunca cansou!!!
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Minha criança está se partindo...
Partindo...
E talvez não nasça mais.

Tardo

E Crescer já passa da hora
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Minha menina tão doce...

Deixe-me restar candura para os sonhos ao menos...
.................................................
Mas quem sonhará de alma amputada?...

Suzane Dias

10/07/2008

Como o sempre estou a suspirar Saudade...

Hoje, nesta noite, Ela não está de duende.
Está de criança mimada, cruzando os braços e fazendo bico.
Mas não é chata
Seus tristes olhos não me deixam vê-la assim

Quando se enche de se consolar por sua ausência
De repente me assusta a gritar, a bater o pé no chão e abrir os braços
dizendo que te quer

Cansada de explicar, já não digo mais nada.
E a tatear as mãos pequenas, ela fala baixinho, com dor:

- Eu queria ... aqui...
Abraçar para tudo quanto é jardim florir exalando o seu cheiro...

Aí ela sorri imaginando todo esse jardim que é estar contigo... As flores de todos os jeitos, sobre o chão fértil, nas pontes semi-arcos de madeira sobre o riacho, rodeando as fontes... E dali ela voa sentada numa borboleta colorida e vê tudo de cima deslumbrada com os olhos orvalhados...
Até que busca tua mão sobre a dela e não a sentindo, volta da terra do Nunca refazendo o bico e cruzando os braços...

Ah! Menina danada! Te aquieta que eu tenho que ler, rsrs.

Hoje me arrebatou no peito
Uma felicidade de braços abertos
Com cheiro de flores - o primeiro... intenso
E para o vento meu sorriso surgiu como um grito
...calado...
mas largo e nao breve
Hoje ela me beijou com frases firmes
e fiquei bela de brilho nos olhos...

Descobrimos aquilo de que nossas almas ja sabiam

Êta Saudade...
Hoje
Ela está travessa
Tomou forma de duende e se meteu no meu bolso
e conversa comigo e aponta com seu dedinho a beleza do dia
sempre dizendo seu nome
... ...
e sorrir gostoso feito criança.
Suzane

Eu não Te Amo na loucura do meu fogo impulsivo
Nem na impaciência desequilibrada de nascença
Não necessito de navalhas para abrandar as vontades que carrego
Nem me é foice o que cala minha boca

Tudo me é tranqüilo sim
Não minto!
Que não preciso

Em mim habita uma mulher mais velha
De pernas bem cruzadas e olhar seguro a dizer:

Viva teus anos com quem tiver de ser, minha Borboleta
Voe por entre as flores e as nuvens de algodão
Sabemos nós que, por fim,
Haverá de existir sempre reencontro
Em nosso casulo de amor.